VIVA A CIÊNCIA: PESQUISA COM PELE DE TILÁPIA PERMITE QUE CÃES E GATOS CEGOS VOLTEM A ENXERGAR

Técnica pioneira no Brasil regenera córneas de animais e abre caminho para avanços na medicina

Por f7
Foto: redes sociais

Uma inovação científica brasileira está chamando a atenção de especialistas em saúde animal e medicina regenerativa. Pesquisadores desenvolveram uma técnica que utiliza pele de tilápia para restaurar a visão de cães e gatos que perderam a capacidade de enxergar por lesões na córnea. O método, considerado pioneiro, vem sendo testado em animais de diferentes portes e já apresenta resultados animadores.

A pele de tilápia ficou conhecida inicialmente na medicina humana, principalmente no tratamento de queimaduras. Seu uso tornou-se popular no Brasil por acelerar cicatrizações complexas, diminuir dores e reduzir riscos de infecção. Agora, cientistas adaptaram o material para aplicações oftalmológicas em animais, aproveitando a resistência natural, a quantidade de colágeno e a capacidade de regeneração que esse tecido oferece.

A técnica funciona da seguinte forma: após exames e avaliação clínica, a pele da tilápia passa por um intenso processo de esterilização e é transformada em uma espécie de matriz biológica. Esse material é colocado sobre a área lesionada da córnea, formando uma proteção natural que estimula o crescimento de novas células e ajuda a reconstruir a superfície ocular. O procedimento pode ser usado em casos de trauma, úlcera de córnea, infecções avançadas e até em situações em que a visão foi completamente perdida.

Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, a resposta dos animais tem sido considerada excepcional. Em muitos casos, cães e gatos que já não reagiam à luz ou viviam com dor constante começaram a recuperar movimentos dos olhos, sensibilidade e, posteriormente, visão parcial ou completa. A regeneração ocorre de forma progressiva, variando de acordo com a gravidade da lesão e com a resposta de cada organismo.

Veterinários que participaram dos testes reforçam que a pele de tilápia consegue proteger a área lesionada com eficiência, algo difícil de alcançar com curativos tradicionais. Além disso, por ser um material natural e rico em colágeno, o organismo dos animais tende a aceitar a aplicação com mais facilidade. Outro ponto positivo é a redução de inflamações, o que favorece a cicatrização saudável.

Casos documentados mostram cães que voltaram a caminhar com confiança, gatos que recuperaram reflexos oculares e animais idosos que retornaram a enxergar luzes, movimentos e até seus próprios tutores após meses completamente no escuro. A combinação entre segurança, baixo custo e alta eficácia transformou o estudo em referência para outros centros de pesquisa.

Embora ainda esteja em fase de expansão, a técnica já é vista como uma revolução na medicina veterinária. Especialistas acreditam que o uso da pele de tilápia poderá substituir procedimentos mais invasivos, diminuir a necessidade de transplantes de córnea em animais e, futuramente, inspirar protocolos semelhantes na oftalmologia humana.

A equipe responsável pelo projeto espera que o método seja adotado por clínicas e hospitais veterinários em todo o país. A produção em larga escala também está sendo estudada para garantir que o material possa atender a demanda e manter os padrões de segurança exigidos.

O avanço representa mais do que um ganho científico. Significa devolver qualidade de vida, autonomia e bem-estar para milhares de animais que sofrem com cegueira e dores oculares. A união entre tecnologia, pesquisa brasileira e uso inteligente de recursos naturais abre uma nova porta para tratamentos acessíveis e eficientes.

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Digite aqui...

O Portal F7 utiliza cookies de navegação. Saiba mais.