TRAGÉDIA NA LINHA AMARELA: PASSAGEIRA DE APP MORRE BALEADA DURANTE CONFRONTO NO RIO

Por f7

Uma mulher de 28 anos identificada como Bárbara Elisa Yabeta Borges morreu na tarde desta sexta-feira enquanto era passageira em um carro de aplicativo que trafegava pela via expressa conhecida como Linha Amarela, na zona norte do Rio de Janeiro. A morte ocorreu em meio a um intenso tiroteio registrado nas proximidades do Complexo da Maré, segundo informações da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).  

De acordo com o motorista do aplicativo, o veículo seguia com destino ao Caxambi após sair da Ilha do Governador quando foram ouvidos vários disparos na altura da Praia de Inhaúma. A passageira foi atingida enquanto estava no banco de trás e, segundo a PMERJ, foi encaminhada ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.  

A ocorrência foi registrada pelo 22º Batalhão da PM, que confirmou a ação de criminosos em confronto armado no local. O tiroteio obrigou o bloqueio da via por perícia e reforço policial nas redondezas. Ainda não há confirmação de autoria do disparo que atingiu a vítima.  

Familiares relataram que Bárbara havia solicitado a corrida por aplicativo e não fazia parte de nenhuma situação de risco. O caso reacende o debate sobre a vulnerabilidade de usuários de transporte por aplicativo que transitam por áreas de conflito e expõe a fragilidade da segurança nessas rotas. Organizações de direitos humanos expressaram pesar e pediram investigação rigorosa.

Especialistas em segurança pública afirmam que vias expressas que cortam comunidades dominadas por facções criminosas, como a Linha Amarela, são espaços de risco quando ocorrem confrontos armados. Segundo eles, a combinação de velocidade, pouca visibilidade e reação de criminosos torna difícil proteção de pessoas inocentes.

As investigações seguem na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que vai analisar imagens de câmeras, depoimentos de testemunhas e trajeto do veículo para identificar a origem dos tiros. O caso será acompanhado pela Defensoria Pública e por entidades dedicadas à verificação de violência urbana.

Em nota, a PMERJ afirmou que investiga a linha de tiro e coopera com a perícia para esclarecer as circunstâncias do disparo. A empresa de transporte por aplicativo também divulgou que está colaborando com as autoridades para fornecer dados do motorista e trajeto. A morte de Bárbara representa mais um episódio grave de bala perdida que atinge pessoas que apenas transitavam normalmente pela cidade.

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