maior operação policial do ano no Rio de Janeiro deixou ao menos 64 mortos e 81 presos nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, durante uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV). A ação mobilizou Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e apoio da Força Nacional, com foco em lideranças da facção e em áreas usadas como base logística para ataques e tráfico de armas.
Fontes da Secretaria de Segurança afirmam que a operação foi planejada após um levantamento de inteligência que identificou movimentação atípica de homens armados e a chegada de armamento pesado na região. Helicópteros blindados, blindados terrestres e equipes de choque entraram simultaneamente em acessos estratégicos, numa ofensiva coordenada desde as primeiras horas da manhã.
A resistência da facção foi imediata. Moradores relataram tiroteios intensos e barricadas incendiadas em diversas entradas das comunidades. Segundo a polícia, grande parte dos mortos tinha envolvimento direto com a organização criminosa e portava fuzis, granadas e rádios comunicadores.
REAÇÃO VIOLENTA EM TODO O GRANDE RIO
Após a ofensiva, integrantes do CV iniciaram represálias em várias regiões, bloqueando vias importantes com carros incendiados e ataques a ônibus. Houve interdições na Linha Amarela, Avenida Brasil, Fundão, Duque de Caxias, São Gonçalo, Nova Iguaçu e Baixada Fluminense. Em alguns pontos, o trânsito ficou completamente paralisado por mais de uma hora.
A Polícia Militar confirmou que pelo menos 14 veículos foram incendiados, espalhados em diferentes bairros na tentativa da facção de forçar a interrupção da operação e pressionar o Estado a recuar. O governador do Rio classificou os ataques como “ato terrorista deliberado contra a população” e reforçou que as ações continuarão.
PRISÕES E APREENSÕES
Entre os 81 presos, autoridades afirmam que há membros de médio e alto escalão da facção. Com eles, a polícia apreendeu uma grande quantidade de fuzis de uso restrito, pistolas, explosivos, munições, rádios e dinheiro em espécie. Aparelhos eletrônicos e documentos foram recolhidos e enviados para análise da inteligência do Ministério da Justiça.
IMPACTO NA VIDA DA POPULAÇÃO
Linhas de ônibus foram suspensas, escolas cancelaram aulas e unidades de saúde interromperam atendimentos em áreas de risco. Moradores relatam medo generalizado e dificuldade para circular. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram estradas fechadas, rajadas de fuzil e helicópteros sobrevoando áreas residenciais.
A Defensoria Pública e organizações de direitos humanos afirmaram que estão monitorando possíveis violações, e pediram acesso aos protocolos da operação. Já a Secretaria de Segurança argumenta que a ação é uma resposta “estratégica e necessária” após sucessivas ofensivas da facção nos últimos meses.
GOVERNO FEDERAL FOI INFORMADO
Integrantes do governo federal foram avisados com antecedência e acompanham o desdobramento. Fontes em Brasília confirmam que, se necessário, podem autorizar reforço adicional da Força Nacional.