A pesquisa Genial/Quaest divulgada em 13 de novembro de 2025 mostra que o cenário eleitoral para 2026 está mais competitivo do que o observado nas rodadas anteriores. Segundo o levantamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 42% das intenções de voto num possível segundo turno contra Jair Bolsonaro, que registra 39%. A diferença de três pontos percentuais está dentro da margem de erro de dois pontos, configurando tecnicamente um empate entre os dois.
Em outubro, Lula tinha vantagem mais confortável: 46% contra 36% de Bolsonaro. A diminuição desse espaçamento sinaliza que o ex-presidente está recuperando terreno e que a disputa pela sucessão presidencial volta a se aproximar de um duelo direto entre os dois nomes.
Além do segundo turno, a pesquisa mostra que no primeiro turno Lula continua à frente em diversos cenários, porém com percentuais mais baixos do que os registrados anteriormente. Por exemplo, em simulações recentes ele oscilava entre 35% a 43%, vantagem que já chegava a 10 ou 12 pontos em relação aos adversários. Agora esse diferencial encolheu.
Analistas apontam algumas razões para esse movimento de queda na vantagem de Lula. Entre os fatores citados estão o desgaste natural do governo, o cenário econômico com inflação e desemprego ainda elevados, e a reativação da base de apoio de Bolsonaro, mesmo com sua inelegibilidade no momento. A pesquisa ressalta que, ainda que Bolsonaro não possa concorrer agora, seu nome segue como forte mobilizador dentro da política de oposição.
Do lado de Lula, apesar de manter a liderança, o cenário exige atenção. A menor margem de segurança significa que ele precisará reforçar apoios, apresentar resultados concretos e evitar erros que podem ser amplificados por adversários. A fragmentação de alianças e a indefinição de propostas também são vistas como pontos vulneráveis.
Para o ex-presidente Bolsonaro, o levantamento sugere que a recuperação de intenções de voto está ligada a uma combinação entre nostalgia de seu governo e percepção de insatisfação entre parte da população com o atual governo. Mesmo que atualmente inelegível, sua influência como “fator Bolsonaro” permanece como um elemento decisivo na configuração de 2026.
O que está em jogo, segundo a pesquisa, vai além de nome ou partido: a disputa reflete uma polarização ainda forte na sociedade brasileira, mas com sinais de que o eleitorado pode estar menos consolidado do que parecia. A mensagem é clara para ambos os lados: nenhum candidato está, por ora, com folga para garantir vitória antecipada.
Em resumo, a nova rodada da Genial/Quaest mostra um cenário mais apertado para 2026, com Lula mantendo vantagem estrutural, mas já em situação de empate técnico com Bolsonaro no segundo turno. Esse resultado torna a próxima fase da corrida eleitoral mais estratégica e competitiva.