Um boletim médico divulgado neste domingo (14/09/2025) pelo hospital DF Star, em Brasília, revelou que Jair Messias Bolsonaro apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro. Ele foi submetido a exames laboratoriais, de imagem e a um procedimento cirúrgico para remoção de lesões na pele.
Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025, após condenação pelo STF, e recebeu autorização para deixar sua casa para tratamento médico. A equipe médica informou que ele foi admitido no DF Star por volta das 8h, passou por intervenção para remoção de oito lesões cutâneas localizadas no tronco e membro superior direito, com anestesia local e sedação.
Após o procedimento, por volta das 14h, ele recebeu alta hospitalar e retornou para sua residência, ainda sob prisão domiciliar. Segundo o boletim, além da anemia, exames de imagem (tomografia de tórax) mostraram imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração.
Em função da anemia, Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa. A equipe médica também apontou que ele está com o estado nutricional fragilizado. Houve menção de que, nos últimos dias, Bolsonaro estaria se alimentando menos do que o esperado, o que pode ter influenciado no quadro clínico.
As lesões retiradas do corpo de Bolsonaro serão encaminhadas para análise anatomopatológica para verificar a natureza exata dos tecidos e eventuais implicações para tratamentos posteriores.
Apesar de o boletim confirmar a anemia, os médicos ressaltam que não houve intercorrências durante o procedimento cirúrgico. Eles também informaram que Bolsonaro segue com tratamentos para condições pré-existentes, como hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico, além de medidas preventivas para broncoaspiração.
Especialistas em saúde ouvidos por veículos de imprensa destacam que em pacientes com idade mais avançada, como Bolsonaro, anemia por deficiência de ferro pode agravar outros problemas médicos, como fraqueza, cansaço e risco de infecção. Cuidados com nutrição e acompanhamento contínuo são essenciais.
A autorização para o atendimento foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes no STF, que permitiu à defesa levar Bolsonaro ao hospital para o tratamento necessário. O retorno à prisão domiciliar ocorreu imediatamente após a alta médica.
Nos próximos dias, a equipe médica se comprometeu a divulgar relatórios detalhados sobre o estado clínico do ex-presidente, especialmente sobre os resultados das lesões removidas e a evolução do quadro de pneumonia residual. Essas informações poderão influenciar decisões judiciais relacionadas às condições de sua prisão domiciliar.