O deputado federal Eduardo Bolsonaro se pronunciou publicamente nesta sexta-feira após o governo dos Estados Unidos anunciar a retirada do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de sua esposa da lista de sanções da Lei Magnitsky. A manifestação ocorreu por meio de uma nota publicada nas redes sociais, poucas horas depois da divulgação da decisão americana.
No comunicado, Eduardo afirmou ter recebido “com pesar” a notícia e agradeceu o apoio demonstrado pelo ex-presidente Donald Trump ao longo dos últimos anos. Segundo o deputado, Trump teria dado atenção àquilo que classificou como uma “grave crise de liberdades” enfrentada pelo Brasil, sem entrar em detalhes sobre quais medidas esperava do governo norte-americano.
Na nota, Eduardo Bolsonaro também criticou a falta de unidade política no país. Ele afirmou que a sociedade brasileira teria desperdiçado uma “janela de oportunidade” para enfrentar problemas estruturais e que a ausência de coesão interna e de apoio internacional teria contribuído para o agravamento do cenário atual.
“O que lamentamos é que, diante da oportunidade que esteve em mãos, não foi possível construir a unidade política necessária”, escreveu o parlamentar. Ele ainda destacou que, na sua avaliação, iniciativas conduzidas no exterior não receberam respaldo suficiente dentro do Brasil.
O deputado também afirmou esperar que a decisão do presidente Donald Trump seja bem-sucedida na defesa dos interesses estratégicos dos Estados Unidos. Em tom político e ideológico, Eduardo disse que seguirá atuando, ao lado de aliados, para buscar um “caminho de libertação do país”, mesmo diante de circunstâncias adversas.
A nota é assinada por Eduardo Bolsonaro e por Paulo Figueiredo, que também é citado como participante das articulações internacionais mencionadas no texto. Ambos encerram a mensagem com uma referência religiosa, pedindo bênçãos para os Estados Unidos e misericórdia para o povo brasileiro.
Até o momento, Alexandre de Moraes não comentou publicamente nem a retirada das sanções anunciada pelo governo americano nem a manifestação feita pelo deputado. O Itamaraty também não se pronunciou oficialmente sobre a nota divulgada por Eduardo Bolsonaro ou sobre possíveis impactos diplomáticos da decisão.