A taxa de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em agosto de 2025 ficou em 5,6%, repetindo o índice mais baixo já registrado pela PNAD Contínua do IBGE. Esse resultado se mantém estável em relação ao trimestre anterior, que também apresentou 5,6%, confirmando uma rotina de baixa desocupação nacional.
Comparado ao mesmo período de 2024, o índice representa uma queda de 1 ponto percentual — naquele momento, estava em 6,6%. O número absoluto de pessoas sem emprego caiu para cerca de 6,1 milhões de brasileiros, o menor contingente da série histórica.
No mesmo relatório, o IBGE apontou que o número de pessoas empregadas atingiu 102,4 milhões, outro recorde histórico. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas ativas que estão trabalhando, ficou em 58,1%, também em seu patamar mais alto histórico.
A estabilidade no índice de desemprego é atribuída à recuperação gradual da economia, à criação de vagas formais e ao fortalecimento de setores de serviços. Analistas interpretam o dado como sinal de resiliência do mercado de trabalho frente a pressões inflacionárias e ambientais macroeconômicas.
Embora o índice permaneça em 5,6%, ele não se moveu em relação ao trimestre anterior, o que sugere que, apesar de baixos níveis de desemprego, o crescimento da ocupação pode estar entrando em fase de saturação frente às atuais condições econômicas.
Especialistas também alertam que o foco agora deve estar nos rendimentos e na qualidade do emprego gerado. A maioria das vagas recentes está concentrada em ocupações com menor remuneração ou em contratos mais flexíveis, o que pode mascarar estabilidade aparente no número de empregos.
Outro aspecto que chama atenção é a taxa de desocupação entre jovens e mulheres, que segue mais elevada do que a média nacional. Isso indica que, apesar da melhora geral, persistem desigualdades estruturais no mercado de trabalho brasileiro.
Para o governo e as autoridades econômicas, manter políticas de estímulo à formalização, capacitação profissional e incentivo à produção torna-se essencial para sustentar esse cenário favorável e expandir oportunidades que ajudem a empurrar o índice ainda para baixo.
Com a taxa de desemprego repetindo mínima histórica, a pressão recai sobre o próximo passo: a busca por salários reais melhores, emprego de qualidade e equidade nas oportunidades para todos os segmentos da população.