DEPUTADO DO PT ENVOLVIDO EM BRIGA EM CURITIBA AFIRMA TER SIDO VÍTIMA DE RACISMO

Renato Freitas diz que reação ocorreu após insultos e provocações; caso segue sob investigação

Por f7
( Reprodução/ Instagram/ deputado Renato Freitas)

O deputado federal Renato Freitas voltou ao centro das discussões políticas após se envolver em uma briga em Curitiba que acabou registrada em vídeos e amplamente divulgada nas redes sociais. O caso ganhou repercussão nacional e abriu uma nova disputa de versões entre o parlamentar e os envolvidos na confusão.

Segundo Freitas, a reação que aparece nas imagens teria ocorrido após ele ser vítima de ataques racistas feitos por um jovem no local. O deputado afirma que foi provocado desde o início da discussão e que apenas respondeu depois de ser insultado de forma direta. Em nota, ele disse que o episódio não pode ser analisado sem considerar o contexto e reforçou que sofrer racismo é uma realidade constante para muitos brasileiros, inclusive figuras públicas.

A versão do jovem envolvido no confronto, no entanto, é diferente. Ele afirma ter sido agredido de maneira inesperada, o que motivou sua defesa e a troca de socos que aparece nos vídeos. A defesa dele, representada pelo advogado Jeff Chiquini, afirma que possui novas imagens e provas inéditas que serão entregues às autoridades. Segundo o advogado, o material mostrará que o jovem não praticou racismo e que Renato Freitas teria iniciado as agressões.

A publicação do advogado inflamou ainda mais o debate, com internautas, políticos e juristas acompanhando o caso de perto. A postagem afirma que, ao serem divulgadas as imagens, “a verdade ficará clara” e que a responsabilidade criminal do deputado seria inevitável. A defesa promete entregar o material à polícia e ao Ministério Público para que o caso seja investigado formalmente.

A Polícia Civil do Paraná já informou que pretende ouvir todos os envolvidos e analisar vídeos, testemunhas e quaisquer documentos que possam esclarecer o ocorrido. Como se trata de um parlamentar federal, qualquer eventual responsabilização criminal depende também de encaminhamentos específicos previstos na legislação, incluindo comunicação à Câmara dos Deputados.

O episódio repercutiu fortemente no ambiente político. Aliados de Freitas argumentam que o caso demonstra novamente como figuras negras em posições de poder enfrentam ataques racistas, muitas vezes não registrados formalmente. Já opositores afirmam que o deputado precisará responder pelo comportamento violento e pela repercussão do vídeo.

Especialistas em direito penal afirmam que o caso deve ser tratado com cautela para evitar conclusões precipitadas. Como há duas versões opostas e ambas alegam possuir provas contundentes, a investigação terá um papel central para esclarecer o que de fato ocorreu. O Ministério Público poderá requisitar laudos, perícias de vídeo e depoimentos antes de decidir se há base para denúncia.

A troca de acusações também reacende debates sobre violência política, discurso de ódio e racismo estrutural no país. Para organizações que acompanham casos de injúria racial, a versão de Freitas não pode ser descartada sem apuração, enquanto entidades jurídicas defendem que qualquer agressão física deve ser analisada com rigor independentemente de motivação.

A expectativa é que novos elementos do caso sejam divulgados nos próximos dias, especialmente as imagens citadas pela defesa do jovem. O episódio promete continuar gerando discussões intensas dentro e fora do Congresso Nacional.

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