O agente Felipe Marques Monteiro, copiloto da Polícia Civil do Rio de Janeiro baleado na cabeça durante uma operação na Vila Aliança, Zona Oeste do Rio, apresentou novos sinais de evolução clínica. A informação foi confirmada pela esposa do policial, que publicou vídeos e fotos emocionantes mostrando os primeiros movimentos do marido após semanas de internação.
Felipe foi atingido por um disparo de fuzil quando auxiliava a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil durante ação aérea de suporte a equipes em solo. A aeronave da corporação sobrevoava uma área controlada por criminosos armados quando foi alvo de tiros vindos de um ponto alto da comunidade. O copiloto sofreu ferimento grave na cabeça e precisou passar por cirurgia de emergência ainda na madrugada.
Desde então, sua recuperação vem sendo acompanhada pela família, colegas e milhares de seguidores nas redes sociais. Nos últimos dias, a esposa do policial publicou uma sequência de registros que mostram Felipe com movimentos espontâneos nos braços, nas mãos e também mantendo o tronco ereto com auxílio da equipe médica.
Na foto mais recente, em que aparece abraçando o marido e o ajudando a sustentar o peso do corpo, ela escreveu:
“Cada dia melhor um pouquinho. Olhar, boca, tronco. Vejo muitas evoluções nessa foto. O amor cura e Deus é amor.”
Em outro relato ainda mais íntimo, ela descreveu o significado emocional desses pequenos avanços:
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“Eu nunca sei explicar o que sinto. Cada movimento dele, o beijo, o abraço, a mão que me procura, é como se ele agradecesse e, ao mesmo tempo, pedisse proteção. Quero te dizer que eu estou aqui, Deus está aqui conosco, e estamos cercados de proteção e orações. Em cada pequeno gesto que fala mais do que qualquer palavra, sempre estarei aqui.”
Segundo boletins médicos divulgados anteriormente, Felipe responde a estímulos de forma gradual e diminui, aos poucos, a dependência de ventilação mecânica. Médicos explicam que, em casos de trauma craniano grave, movimentos voluntários e contato visual representam progressos significativos, embora a recuperação completa ainda dependa de tempo e resposta neurológica.
A família também relatou que o policial permanece consciente em alguns momentos e tem demonstrado capacidade de reconhecer pessoas próximas. A equipe médica continua avaliando evolução motora, estabilidade respiratória e respostas cognitivas.
A Polícia Civil destacou que está prestando apoio integral ao agente e à família. Colegas de farda organizaram campanhas de doação de sangue e têm acompanhado diariamente o caso. O crime que vitimou o policial segue em investigação, e equipes especializadas realizam diligências para identificar os autores dos disparos.
A melhora do copiloto reacende reflexões sobre os riscos enfrentados por equipes aéreas em operações no Rio. Em regiões de atuação de facções armadas, ataques contra helicópteros têm se tornado mais frequentes, o que reforça pedidos de blindagem avançada, novas rotas de voo e tecnologia de monitoramento tático.
Apesar das incertezas, os relatos da esposa e as imagens divulgadas trazem esperança para familiares, amigos e profissionais da segurança pública. Cada movimento de Felipe representa um passo importante em um processo longo, delicado e cheio de significados.
