CONTRATO DE R$ 129 MILHÕES DA FAMÍLIA DE MORAES GERA REAÇÃO NO MEIO JURÍDICO

Escritório da esposa e dos filhos do ministro Alexandre de Moraes é apontado como possível detentor do maior honorário já firmado por uma banca no Brasil

Por f7
Foto: reprodução/ redes sociais

A revelação de que o escritório Bacci de Moraes Advogados, pertencente à esposa e aos filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, firmou um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master gerou forte repercussão no meio jurídico. O valor, segundo profissionais consultados pela coluna Andreza Matais, do Metrópoles, pode representar o maior honorário já pago a uma banca de advocacia no país, superando parâmetros considerados altos mesmo entre grandes escritórios brasileiros.

O acordo foi inicialmente detalhado pela jornalista Malu Gaspar, que destacou a dimensão incomum do contrato. Integrantes do setor afirmam, sob reserva, que cifras dessa magnitude são raríssimas e comparadas apenas a honorários excepcionais ligados a casos de grande impacto econômico. Entre os poucos paralelos mencionados estaria o trabalho realizado por Márcio Thomaz Bastos, ex ministro da Justiça, que historicamente recebeu valores elevados em ações de grande repercussão.

Viviane Bacci, esposa de Moraes, possui formação em publicidade, marketing e direito, e lidera o escritório ao lado dos dois filhos do ministro, Juliana Bacci de Moraes e Alexandre Bacci de Moraes. A banca tem se destacado pela atuação em litígios complexos e, conforme registros citados pelo Metrópoles, recentemente representou o empresário Daniel Vorcaro e o próprio Banco Master em uma ação de calúnia contra o gestor Vladmir Timerman. O processo, assinado por dez advogados da equipe, é descrito como uma disputa de menor custo processual, embora envolva atores de relevância no mercado financeiro.

Procurado pela coluna, o escritório não respondeu aos pedidos de esclarecimento. O ministro Alexandre de Moraes também não se manifestou sobre a relação da banca da família com Vorcaro, que foi preso em novembro sob suspeita de gestão fraudulenta envolvendo R$ 12 bilhões e participação em organização criminosa. A ausência de posicionamento oficial mantém aberta a discussão sobre a natureza e o peso técnico do contrato firmado com o banco.

O episódio repercutiu entre advogados e analistas jurídicos, que avaliam que o volume financeiro do acordo representa um marco pouco comum na advocacia nacional. Para especialistas, a combinação entre o valor contratado e o perfil dos envolvidos confere ao caso uma relevância que transcende o mercado jurídico, alcançando também o debate público sobre relações profissionais de familiares de autoridades do Judiciário.

A coluna destaca que novas informações podem surgir caso o escritório decida se manifestar. Por ora, o contrato permanece como um dos mais comentados do ano e um exemplo de negociação de alto porte no setor jurídico brasileiro.

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Digite aqui...

O Portal F7 utiliza cookies de navegação. Saiba mais.